O pacote da (in) segurança do governo Temer, no Brasil, um país das (mil) maravilhas, e em permanente guerra civil

A Câmara Federal se encaminha para votar esta semana um pacote de leis para dar uma resposta à calamidade da segurança pública. No geral, o conjunto de leis foca no aumento de penas para flagrados com fuzis, receptores de cargas roubadas e envolvidos em homicídios contra policiais. 
 Uma ópera baseada e sob encomenda da sinfonia do Rio de Janeiro, terra do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que ensaia as medidas. Muito pouco para um País em permanente guerra civil. A violência do Rio é a vitrine que expõe o crime no Brasil, mas o caos não se resume à bela cidade maravilhosa. 

O Governo – omisso quanto à segurança – e o Congresso – leniente na legislação – não podem ter uma postura reducionista para esse debate. Por que não, por exemplo, desengavetar a PEC 300, política que valoriza e cria uma carreira policial, além de abrir um fundo constitucional para a segurança? Leis penais já temos muitas. E até agora totalmente ineficientes. 

Está na hora de uma política arrojada em que o tema realmente passe a ser prioridade de Estado com recursos e aparato. Segurança se faz com inteligência, é verdade, mas com gente, recurso humano na rua. Hoje, não temos nenhuma coisa e nem outra.