Um mosteiro com ares de palácio e cercado de polêmicas. Construído há dez anos por iniciativa do monsenhor Jaelson de Andrade, atual pároco da Igreja Santo Antônio do Menino Deus, em João Pessoa, O MOSTEIRO MÃE DA TERNURA, EM ITATUBA, é um convite ao recolhimento e à reflexão dos fiéis que visitam o local. Contudo, por trás da aparente tranquilidade, a história do mosteiro, que funciona sem o reconhecimento da Arquidiocese da Paraíba, tem um capítulo obscuro, com denúncias e acusações.
O JORNAL DA PARAÍBA teve acesso à cópia de uma carta-denúncia redigida pelo monge da Igreja Anglicana dom Raphael Caneschi, que teria passado quase um ano no local a convite do monsenhor Jaelson.
Segundo a carta, o funcionamento do mosteiro não estaria de acordo com as normas da Igreja Católica. A denúncia foi encaminhada à Arquidiocese em 2013, mas só agora a imprensa teve acesso ao conteúdo. Até então, era 'segredo' tratado apenas dentro da Igreja, longe dos fiéis. O documento denuncia, entre outras coisas, o consentimento para relacionamentos homoafetivos dentro do mosteiro e a permissão da vinda de monges de outra igreja, que não a católica.
O mosteiro Mãe da Ternura está localizado na zona rural de Itatuba e recebe fiéis durante todo o ano, realizando, inclusive, retiros e outros eventos católicos.